quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mais um sonho de consumo


Não existe quem não diga: "o dia em que o Chico Buarque vier aqui em Belém, vou vender as calças para ir ao show". Pois é, estamos fora da agenda buarqueana pelo menos neste século, pode guardar as suas calças. Enquanto isso a madeirada corre solta no entroncamento, e as sangalos e babados da vida dão o tom dos shows na nossa metrpolinha. A turma até nem sonha mais com Chico. O Nei Lisboa poderia ser colocado nesse roll, dos que não chegam para o norte. Tenho um amigo que entra regularmente no site oficial do Nei, pedindo para que ele venha aqui em Belém, pelo menos só ele e um violão. Mas Nei Lisboa continua mudo. Vamos ajudar esse nosso amigo, vamos entrar no site e atentar, perturbar o rapaz! (senhor) http://www.neilisboa.com.br/. Se me derem um pedaço de plutônio, minha turma se encarrega de explodir. Não adianta esperar, as empresas daqui só patrocinam baianadas e pagodadas. Se o Nei Lisboa vier a Belém, eu até paro um pouco de querer Radiohead no Brasil. Juro.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Guimarães Rosa na telona...mas distante de nós.


O filme "Mutum", baseado na novela "Campo Geral" do Livro Corpo de Baile de Guimarães Rosa, está sendo um sucesso, pelo menos é o diz a imprenssa especializada (ou que se diz tal). No entanto este filme não teve muita repercurssão por aqui. Acho que ficou em cartaz, lá na estação das dondocas, por uns míseros dois dias. Quem viu viu, quem não viu tem que esperar sair em DVD, se sair. Pena, muita pena. Enquanto isso os pipoqueiros fazem a festa no moviecon. Mas fazer o quê?

sábado, 9 de fevereiro de 2008

BENEDITO NUNES E GUIMARÃES ROSA






Nos dias 16 e 17 de fevereiro e 1, 2, 15, 16 de março, o filósofo, escritor e crítico Benedito Nunes discutirá a obra Grande sertão: veredas do escritor mineiro João Guimarães Rosa. O seminário é promovido pelo CCFC (Centro de Cultura e Formação Cristã) e faz parte do projeto "Seminário de Literatura", que já discutiu as obras de escritores como Machado de Assis e Clarice Lispector. Desta vez teremos a oportunidade de ver e ouvir Benedito Nunes falar de um dos escritores mais importantes e ímpares da Literatura Universal, sem contar o fato de que o próprio filósofo foi um dos primeiros críticos a reconhecer o valor de Rosa. A programação é apenas uma de inúmeras ,por todo o país e fora dele, que irão discutir Guimarães Rosa este ano, já que comemora-se o centenário do seu nascimento. A oportunidade então é-nos oferecida pelo CCFC, já nos dias 16 e 17, das 8:30 as 12:30h teremos a primeira rodada, com entrada franca. Participe!

Para quem não sabe o CCFC fica localizado na Rod. Br 316, Km 6, em frente ao 6º Batalhão da Policia Militar e ao lado da Granja Modelo. Informações: 40091550/ 40091566.

Bem, a sétima maravilha!


Não poderia deixar de ser, então ele está aqui! Das maravilhas é a única ambulante, móvel. Vindo diretamente da Austrália para ser o mascote da Radiolux, quem? O famoso canguru, que encanta gerações, atravessa o tempo, anunciando os produtos da quase falida loja! Existem vários pela cidade, ele tem cara de cachorro e corpo de dinossauro, mas juram que é um canguru. A sétima maravilha é esta: O CANGURU DA RADIOLUX. Na imagem temos a invasão deles, rumo à dominação da torre da RBA.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

A SEXTA MARAVILHA...


Toda metrópole que se preze possuí uma ponte fundamental. Ela é construída com um intuíto prático, depois se torna ponto turístico. Em San Francisco temos a Golden Gate, em Lisboa a ponte Vasco da Gama sobre o mitológico rio Tejo. Em Londres Seven Bridge, em Paris a Pont Mirabeau sobre o charmoso rio Sena, no Brasil temos a Rio-Niterói e, na nossa capital paraense não poderia ser diferente. Encontramos na Senador Lemos a famosa, charmosa, perigosa, palco de grandes acontecimentos, Ponte do Galo (Pont du Coq / Rooster Bridge). Mesmo Dalcídio Jurandir escreveu um livro com o nome da ponte! Quem nunca temeu um assalto naquela ponte? Quem nunca ouviu falar em assalto, pedágio? Por essas e muitas é que ela está aí, como maravilha. Desculpe-me a foto retirada do google earth, é que é meio foda ira até lá tirar uma foto com uma máquina fotográfica nas mãos...mas antes diz: "me rouba logo!"

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

QUASE ÚLTIMO BAR


o ser que se mira

e uma mesa triste

no canto

o mais distante do bar

aglomerações hipnóticas

senso comum à flor da pele.

malte escocês

baralho de mulher pelada

verde, azul

— e outras cores que não aprendi —

o vacilante olhar do depressivo

pague adiantado

a maravilha do vinho

que vinha vindo mágico

inebriante

mesmo antes de ser tragado

fervilhando nas mãos de uma mulher

que serve

moderna bacante...

o cheiro triste e inesperado

se contorce reverberante

as cinzas caem

neves do inverno infernal

(lá fora do que não existirá)

...sustentar quem se é (se for!)

olhar em volta.

o copo

ainda nem fora tocado.

(Carlos Dias)