O mercado editorial brasileiro é cruel. Não adianta chorar, mas acho que vou chorar um pouquinho. Lembro que quando era aluno da graduação em letras, fiz uma forcinha e consegui a assinatura da revista CULT. Era uma revista ótima para aqueles da área literária. Trazia bons textos, dossiês de escritores, dicas de obras, análises de medalhões como Antonio Candido. Mas, depois de um tempo, para que a bancarrota não batesse à porta da revista, ela deixou de ser Revista de literatura para se transformar em "revista de cultura brasileira". Nada contra, mas foi um passo para a revista abandonar de vez a literatura e falar muito mais de teatro, dança e cinema, ou seja, algo que a revista BRAVO! já faz muito bem. Os interessados em literatura abandonaram a tal revista. Até que surgiu a ENTRELIVROS (editora Duetto), com um ar de CULT, da época das antigas, com textos de Silviano Santiago, crônicas de Miltom Hatum, Umberto Eco, discussão, dossiê etc. Mas a última notícia é que, depois de quase três anos a revista chegou ao fim, no número 32. Segundo a própria editora, Entrelivros chegou ao fim por causa da falta de anunciantes e as mudanças no mercado de revistas. Ora, ora, bem previsível para uma revista que atinge um público específico...enfrentar os gigantes como Istoé, Veja, Caras, Palyboy, Época etc., não é nada fácil. Só lamentações, nada a declarar. No entanto as edições especiais "Biblioteca entrelivros" e "Cadernos entrelivros" ainda continuarão a circular, só não se sabe até quando. Agora só nos restou a revista "Discutindo Literatura" que no meu ponto de vista é fraca e tem textos pouco interessantes. Mas...
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